terça-feira, 16 de julho de 2013

O VELHO MESTRE


  Sentado na janela o velho mestre,
Com um sorriso no olhar o sol vigia,
Respondendo com um aceno de alegria,
Os cumprimentos de ex alunos apressados
A quantos deles ensinou as letras,
Os primeiros números, palavras e continhas.
Quantos ditados !  Quantos probleminhas !!!
E aí estão eles, já formados.
                                              


Parcos cabelos brancos emolduram a face,
Que o tempo marcou impiedosamente,
Mas do olhar menino, sorridente,
Salta esperança, fé, amor, bondade.
As mãos do mestre entreabertas, buliçosas,
Firmes, amigas, prontas, carinhosas,
Irradiam em densa luz, vitalidade.



Nele tudo é vida, tudo é energia,           
A felicidade é real e invade a alma.
Essa presença sutil, transforma e acalma,
Já que é imagem comum a todo ser.
Quem de nós, na vida não teve um professor,
Alguém que com jeitinho e com amor,
Lhe abrisse de par em par as portas do saber ?





Presença mágica de todos os momentos, 
Transformadora, intensa e envolvente.
Todo respeito e amor que a gente sente,
Torna o professor cada vez mais querido.
E olhando o velho mestre na janela,
O sentimento que torna esta visão mais bela,
É a certeza do dever cumprido.

 08/10/2006

                                                                                             

                

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