I
Hoje eu vaguei perdida em meu passado
recordando um caminho já
trilhado
repisando passos onde já
andei.
No peito um coração saudoso
e apaixonado
a prantear um choro
sentido, amargurado
traz-me à memória tudo o
que deixei.
|
Pela janela do ônibus meu
mudo olhar,
observa curioso meu passado
desfilar,
fantasiado de lojas, praças
e lugares.
Em cada esquina alguma
coisa pra lembrar,
em cada som, um outro som
pra recordar,
cantos, risadas e vozes
familiares.
|
O céu, de um azul
eternamente igual,
e o velho sol com o seu
brilho anormal,
vem novamente encher
minha'lma de ternura
O rio em seu leito, lento e
musical,
venceram os anos e o
progresso com bravura.
|
A Matriz da Conceição, o
bar, a padaria,
trazem o passado ao hoje, e
a nostalgia
entorpece meus sentidos, me
invade a razão.
Por um momento sou refém da
alegria,
cheia de louca e desvairada euforia,
imersa em uma intensa emoção.
|
Ah! Tijuca, canal dos meus amores,
via eterna dos meus
dissabores,
cúmplice nos erros,
parceira nas verdades.
Ó Tijuca, escuta meus
clamores,
e aplaca só por hoje, minhas dores,
absorvendo em si, minhas saudades.
|
VI
Deixe que o Olinda reviva novamente,
liberte a Saenz
Pena da cerca
imponente,
volte comigo no tempo, por
favor!
Troque o metrô pelo bonde, e os namorados,
passearão felizes e apaixonados,
como me apaixonei por ti,
Tijuca, meu amor!
|
Em
15.01.2004
|
sábado, 13 de julho de 2013
AH ! TIJUCA !!!
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