sábado, 13 de julho de 2013

AH ! TIJUCA !!!



                                                            
                      

                       I
Hoje eu vaguei perdida  em meu passado
recordando um caminho já trilhado
repisando passos onde já andei.
No peito um coração saudoso e apaixonado
a prantear um choro sentido, amargurado
traz-me à memória tudo o que deixei.
                         

                             II

                         



Pela janela do ônibus meu mudo olhar,
observa curioso meu passado desfilar,
fantasiado de lojas, praças e lugares.
Em cada esquina alguma coisa pra lembrar,
em cada som, um outro som pra recordar,
cantos, risadas e vozes familiares.
                                   III

             


O céu,  de um azul  eternamente igual,
e o velho sol com o seu brilho anormal,
vem novamente encher minha'lma de ternura
O rio em seu leito, lento e musical,
as árvores , enfeites da paisagem irreal,
venceram os anos e o progresso com bravura.

                                           IV

                     


A Matriz da Conceição, o bar, a padaria,
trazem o passado ao hoje, e a nostalgia
entorpece meus sentidos, me invade a  razão.
Por um momento sou refém da alegria,
cheia de louca  e desvairada   euforia,
imersa  em uma intensa  emoção.
                                                 V

                       

Ah!  Tijuca, canal dos meus amores,
via eterna dos meus dissabores,
cúmplice nos erros, parceira  nas verdades.
Ó  Tijuca, escuta   meus clamores,
e aplaca  só por hoje, minhas dores,
absorvendo  em si, minhas saudades.

                                     VI

                       



Deixe que o Olinda  reviva novamente,
liberte  a Saenz  Pena  da  cerca  imponente,
volte comigo no tempo, por favor!
Troque o metrô pelo bonde,  e os namorados,
passearão  felizes e apaixonados,
como me apaixonei por ti, Tijuca, meu amor!


                           
   





Em 15.01.2004
                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O trem da volta.