imóvel
imagem, grotesca e imponente,
varrendo
os arredores com arguto olhar.
Nódoa
negra, manchando a luz do dia,
desentoada
nota, quebrando a harmonia,
arauto
da morte que chega devagar.
O ser que
agoniza se debate em estertores,
oriundos da revolta, das mágoas e das dores,
preso na cegueira que o envolve então.
Cambaleante não
consegue reagir,
deixa que
o fim o
domine, e sem
sentir,
já se
confunde com o
próprio chão.
um mórbido
silencio a natureza
abraça,
paira no
ar a inquietude
da desgraça,
que como
uma moléstia oprime
e aniquila.
Agudo grito
rompe o peito
da visão,
como um
sinal que traz
o bando em
multidão,
e então
confunde, estraçalha e
mutila.
como
os urubus, há humanos asquerosos,
negros fantasmas,
cruéis e ardilosos,
de
proceder
desleal e leviano.
Aves
de rapina, servos
da destruição,
inconsequentes,
desprovidos da
razão,
predadores do
próprio ser humano.
30/07/2016
Quem pode
entender ???