Sem a algazarra festiva das crianças.
Dá uma saudade da farra incessante;
Parece enfim que o dia não é dia.
Tudo intocado, até onde a vista alcança.
Nada a fazer... Nada ! Nada interessante.
Pulam alegres “mariscando” o refeitório,
Em busca das migalhas, que não acham mais.
Nas salas, eles mesmos viram professores,
Viram alunos “sentados” no auditório.
No pátio, as rolinhas brincam com pardais
Sem sons, sem cheiros, sem calor humano,
Reina o silencio na Sala de Leitura,
Onde livros preguiçosos, cochilam à meia luz.
Qualquer ruído é então meio profano,
Qualquer réstia de sol é uma loucura.
Somente imaginar é atraente e seduz.
E o Laboratório então, abandonado,
Também envolto numa semi escuridão,
Lamenta as férias que estão só começando.
Em cada canto um cartaz amarfanhado,
Alguns trabalhos de pesquisa pelo chão,
E substâncias nos frascos, repousando.
Na sala de artes o ambiente é igual,
Penumbra... silencio... ausência... vazio.
A desordem domina. O caos por todo lado impera.
Pincéis, tesouras, latas... folhas de jornal
Tornando o local ainda mais sombrio
Causando a sensação de longa espera.
E a poeira vermelha cobre o chão como um lençol.
Não há barulho, nem gritos, nem as palmas.
O farfalhar das árvores produz como um lamento,
Uma suave melodia a impulsionar o sol,
Que joga futebol com invisíveis almas.
Com sua eterna preguiça de estudar,
Com sua ânsia pela hora da saída.
Seu universo de esperteza e cola,
Sua infindável vontade de brincar,
É que enchem este local de vida !
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