E uma tempestade alaga minha vida,
Eu me pergunto: ___ Por quê??? Ninguém responde.
Não há remédio que me cure esta ferida.
Ando hesitante feito uma criança,
E às apalpadelas nesta escuridão,
Tentando achar saída deste labirinto
E a liberdade, de tão cruel prisão.
Pesa-me o ar nas entranhas. Enlouqueço !!!
Tortura-me viver tão sufocada.
A cada passo mais entro no abismo,
Sem ter palavras, não articulo nada.
Uma dor inexplicável me domina,
Me fragiliza e torna-me covarde.
Sem pranto p’rá chorar desfaço-me em revolta
Lamentando-me por hoje ser tão tarde.
Guardo o silêncio de quem já disse tudo,
P’rá não cobrar da minha vida o que perdi.
Sei que não se chora sobre o passado,
E nem devo recordar o que vivi.
Só espero da vida uma boa morte,
Que me surpreenda : bem fugaz.
E enfim meu espírito livre no Universo,
Poderá finalmente estar em paz !!!
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