Solícito e amigo,
Imponente e austero,
Um relógio antigo.
Pelo tempo arranhado,
Lembra bem as rugas,
Números romanos,
Enfeitam de dourado,
Um visor redondo,
De vidro trincado.
Andam lentamente,
Contando as horas,
Seu pêndulo oscila,
Num ritmo igual,
Na valsa em que dança,
O tempo fatal.
Me fala ao ouvido,
Mil coisas do tempo,
Com duplo sentido.
Com duplo sentido.
Me rouba o olhar.
Difere de tudo,
E me faz sonhar.
Vivendo
o agora.
Imagino o futuro,
No mistério da hora.
E no íntimo dele:
Ele não passou as horas,
As horas passaram nele.
08.07.2013
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