sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Caça





Está me invadindo uma tristeza enorme,
feita de vazio. Feita de vontade.
Saudade. Morro de saudade           
e o mal baila à minha frente.
assume formas. Ri do meu delírio
e não me satisfaz.
Ando feito louca. Nada faço,
a não ser pensar...pensar
sem ter conclusão
indo e voltando sempre.       

Sou infeliz. 
Sim, sou infeliz
tremendamente só. Incrivelmente só.
Dói-me o corpo, a alma, os sentidos
adormecidos.             
Não consigo ver.
não consigo viver.
não consigo ser.
Quero, necessito ser gente, 
palpável, desejável, estimável...
Tenho vontade e rasgar o mundo, 
romper a terra... furar o céu.
Sinto desejo de descansar na sombra amiga
onde não haja egoísmo, fixação.
onde não haja maldade, comodidade, insensibilidade.
Quero encontrar a mão que sustenta
a voz que orienta, a alma que ama.
Não este amor que existe por aí,
mas aquele que eu sinto cá no peito   
doendo sem jeito
de tanto andar preso.
Será ?
               



                     Fevereiro de 81

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O trem da volta.