quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mais uma história...de flor.








Depois de tanto desejar a rosa                                                      
Quando a conseguiu, não cuidou.
Viu cair a primeira pétala
 e não percebeu
que mais que admiração
ela ansiava amor.


Amor de cuidado, de respeito.
Amor de ... amor.
Caiu a segunda pétala !
Não pôde entender o porquê.
Tudo estava ali.. Tudo ela tinha,
Como podia então fenecer ?
Outra pétala caiu !
Uma folha amarelou !
Não conseguiu compreender
Que o que faltava a ela
Estava em suas mãos.
Era preciso plantá-la,
(rosas precisam de chão).
Regar com carinho,
Adubar com esperança,
Expô-la ao sol da ternura.
Era preciso deixar que as folhas caídas
Adubassem a terra.
(Aprende-se com erros)



Necessário que as pétalas perdidas
Fortalecessem o solo.
Precisava usar as mãos
Para desviar os ventos.
(Tudo passa nesta vida)
Teve medo da dor
Que às vezes vem aos poucos.


Não quis chorar por cada pétala,
Se atormentar por cada folha.
Não suportaria vê-la murchar
E não se animou a cuidar.
Tomou-a pelo galho
(nem viu espinhos, só sentiu a dor)
Jogou-a no chão para pisá-la...
Conteve-se sem saber porque.


Ela, frágil, sem água,
Sem sol, sem carinho,
Despiu-se da cor,
Largou seu perfume e secou.
Deitou-se lentamente
Entre um capítulo e outro
De um livro
E ali, uma mancha a recebeu...



A mancha que fica de uma lágrima
Conhecida como desilusão










                                                 01/11/2013




Nenhum comentário:

Postar um comentário

O trem da volta.