quinta-feira, 30 de abril de 2015

Apocalipse



Cala a fala vento uivante que é hora de chorar,
nesta neve e branca e macia,
fria como a solidão que sinto.
Cessa vento este lamento imenso
porque este alarido, este ruído
não para, e eu estou sozinha.
Neste silêncio,
a calmaria grave do Nordeste,
e esta escuridão maldita, agreste.
escuridão sem fim em rostos conhecidos,
 Um frio solene de braços e abraços,
na caminhada êrma.







O desfile cerebral de nomes tão distantes,
faz lembrar o passado nos instantes
e o passado já vivido, pesa os ombros.
São sós os seres... sem sentir são sós.
São mortos vivos que caminham
sem ver final,
sem alegria,
sem moral...






               31/07/1971.



                                    

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O trem da volta.