Trago
em meu peito um coração vazio,
Onde
o inverno impera e a noite faz morada.
Nas
cicatrizes das mágoas, grande mal se alastra,
Infectando
as lembranças resguardadas.
Fechado
e oprimido, coração doente,
No
leito da tristeza, aguardando a morte,
Já
nada espera que possa salvá-lo,
E
se entrega febril a sua própria sorte.
Numa
vigília paciente e incansável.
Junto
da cama a raiva permanece,
Sufocada
numa ânsia incontrolável.
O
nojo intenso se mistura com o ar,
Tornando-se
com ele, um único elemento.
No
prato da discórdia só há decepção
E
migalhas de amargura como alimento.
Em
violenta convulsão, debate-se no peito,
E
sacode a alma com um súbito arrepio.
Sem
cura. Triste. Partido e aos pedaços,
Só
vai ficar cada vez mais... vazio.
23/05/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário