segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Sol












Ó sol que me aquece e ilumina,
Com o seu brilho quente e benfazejo,
Beijas as frontes dos velhos, das meninas,
Ao mundo todo estendes o teu beijo.



Preso no teto do mundo a espalhar carícias,
No barracão do pobre, no solar do milionário.
Penetras por igual, solene ou com malícia,

 No prostíbulo imundo ou no santo sacrário.




Forte! Não há no mundo quem te encare,                   
No furor do meio dia, à olho nu.
Bondoso,teu calor não há quem não receba.
Forte e bondoso, ninguém mais do que tu.




Quantos viventes amam teu reinado,
E anseiam por teus raios carregados,
De calor ameno, como de uma chama.
Mas se  és forte, também és educado,
Pois quando a noite chega, partes apressado,
Cedendo seu lugar à dama.


Fico te olhando, ó sol tão poderoso,
E ao mesmo tempo tão calmo e tão bondoso,
Que mesmo sem querer, eu imagino:
“Não será esta bola tão brilhante,
E de beleza tão rara e deslumbrante,
A bola com que brinca o Deus Menino ?”


                                   







                      17/01/1981

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O trem da volta.