Ó sol que me aquece e ilumina,
Com o seu brilho quente e benfazejo,
Beijas as frontes dos velhos, das meninas,
Ao mundo todo estendes o teu beijo.
Preso no teto do mundo a espalhar carícias,
No barracão do pobre, no solar do milionário.
Penetras por igual, solene ou com malícia,
Forte! Não há no mundo quem te encare,
No furor do meio dia, à olho nu.
Bondoso,teu calor não há quem não receba.
Forte e bondoso, ninguém mais do que tu.
Quantos viventes amam teu reinado,
E anseiam por teus raios carregados,
De calor ameno, como de uma chama.
Mas se és forte,
também és educado,
Pois quando a noite chega, partes apressado,
Cedendo seu lugar à dama.
Fico te olhando, ó sol tão poderoso,
E ao mesmo tempo tão calmo e tão bondoso,
Que mesmo sem querer, eu imagino:
“Não será esta bola tão brilhante,
E de beleza tão rara e deslumbrante,
A bola com que brinca o Deus Menino ?”
17/01/1981
Nenhum comentário:
Postar um comentário