pois a muito não te vejo,
e a calma da tarde vem bem devagar.
É como se no infinito houvesse um rasgo,
e uma fossa se abrisse no ventre do céu...
Anseio por ti neste mormaço
e sinto um imenso cansaço de ser assim :
tão livre, tão descontraída,
desinibida, extrovertida,
tão sozinha sem ti.
te soubesse me ansiando,
eu viria correndo... correndo não,
voando
cair nos teus braços.
Ah, se eu te fosse, eu me amaria tanto...
tanto... tanto...
que nada me seguraria na saudade...
mas eu não te sou...
e não te sendo estou sempre esperando,
e enquanto espero vou cada vez mais
te amando.
21/05/1974
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